43ºCapitulo
[Sophie]
Agora percebia aqueles dois bilhetes de avião... que ele tinha dito que eram para uma data especial e aquela caixa que estava no armário dele há duas semanas e que ele me tinha proibido por tudo de a abrir, até me tinha dito que eram insetos que ele costumava ir dar ao centro de ajuda aos animais, possivelmente o vestido que tínhamos visto numa loja e que eu tinha amado.
- Bem, os bilhetes... - disse-me ele
Não me contive, pus-lhe os dedos nos lábios e disse:
- São para. - ele nem me deixou acabar quando saltou e berrou no meio do hospital
- EU VOU-ME CASAR! EU VOU-ME CASAR COM A RAPARIGA MAIS PERFEITA DO MUNDO!
Eu só conseguia sorrir e sentia que as minhas bochechas estavam a escaldar.
Os bilhetes eram para daqui a 5 dias segundo o que eu tinha posto como lembrete no meu telémovel, só queria que a Marta o Louis e a Jade e o Larry pudessem estar presentes, como sempre tinham estado.
[Harry]
Tínhamos ido para casa assim que vimos os gémeos, Katie devia estar casada, e eu também afinal eram 3 da amanha...
Fomos nos deitar, amanha seria um dia em grande, iria ser um dia feliz tanto para ela como para mim.
[Sophie]
Não acredito que me ia casar, eu era ainda nova, mas tinha a certeza que era com ele que eu queria estar, então para quê perder tempo?? Seria assim, já tínhamos contado a todos, não porque tenha sido eu mas porque tinham visto o anel no meu dedo. Voltamos para casa. Seria uma noite agitada, pelo menos para mim e para o Zayn.
[Louis]
Já tinha visto os meus dois filhos, eu sempre sonhei em ter filhos, ser criança com eles, leva-los ao circo, leva-los a concertos... tudo o que eu queria quando era criança. A Marta teve de ficar esta noite no hospital, assim como eu, fiquei também no quarto. Os bebés tinham os meus olhos, o cabelo dela, e o nariz dos dois, o nosso nariz era parecido. Não consegui dormir em condições porque para além de estar numa cadeira, também estava ansioso para amanha voltar para casa com ela.
[Katie]
Acordei ao meio da noite com uma dor de cabeça como nunca me tinha dado, como se me estivesse a explodir o sistema por dentro, a dor paralisou-me, não me conseguia mexer, ou pelo menos quando tentava ainda me doía mais a cabeça e o corpo, talvez fosse agora, talvez tudo o que eu tivesse vivido ate agora de bom tinha tido um propósito.
*No Dia seguinte*
[Harry]
Acordei já era tarde, era estranho Katie ainda estar a dormir a esta hora, mas ela podia estrar mesmo cansada, então deixei-a estar mais um pouco e fui para a sala ver televisão, e esperar que ela acorda-se. Passou algum tempo e já era hora de almoço, teria de a ir acordar. Subi as escadas, e fui ao quarto.
-Katie, está na hora de almoço- disse-lhe a dar-lhe um beijo na testa, ela não se mexeu
- Estás um pouco fria...- observei, fui num instante à casa de banho e quando voltei ela ainda estava na mesma posição.
-Katie?- disse a aproximar-me da cama, abanei-a e ela nao respondeu
- Katie!!- disse, peguei-lhe no pulso, não conseguia sentir nenhuma pulsação
- Isto não pode estar a acontecer!- voltei a dizer, com as lagrimas nos olhos, peguei-a ao colo e ela estava mesmo morta, a pele dela já não tinha cor, nem o cabelo. Era como se toda a felicidade que eu tinha sentido ate agora tivesse dado espaço a ago sombrio, e frio.
Comecei a chorar mais, ver assim alguém que amamos era difícil, e injusto, tudo não passava de uma teoria. Eu tambem tenho uma teoria, e a minha tem haver com momentos, momentos de impacto, a minha teoria é que esses momentos de impacto, esses flashes de realidade que nos reviram, acabam por definir quem nós somos. O facto é que cada um de nós é a soma dos momentos que ja tivemos com todas as pessoas que já conhecemos, e são esses momentos que se tornam a nossa historia, como as nossas musicas favoritas que tocamos na nossa cabeça vezes sem conta. Um momento de amor totalmente físico, mental ou de qualquer outro tipo, então esta e a minha teoria que estes momentos de impacto definem quem nos somos, mas o que eu nunca considerei, foi que se um dia esses momentos acabassem todos?
Um momento de impacto que tem a capacidade de mudar, tem efeitos para alem do que podemos imaginar.
[Marta]
Tinha acordado à algumas horas, mas este tempo tinham me feito algumas perguntas de como me sentia e essas coisas que para mim agora nao faziam sentido. O Louis esteve sempre comigo, mas vi alguém diferente a entrar dentro do quarto.
-Posso?- perguntou Derek
- O que é que estás aqui a fazer?- perguntei
- Queria-te perguntar como estás, e bem, parabéns - disse ele a sorrir
-Obrigada, sabes é muito importante para mim, isto que estás a fazer...- disse, ele voltou a sorrir
- Bem eu vou-me embora, porque tens mais coisas para fazer, e devias estar ocupada- disse-me, eu sorri e ele saiu, foi um gesto bonito da parte dele.
[Harry]
Não cheguei a ir para o hospital, chamei logo aqueles homens da morgue... Não conseguia ver o amor da minha vida a ser levada dentro de um saco preto. Estava sentado no sofá, com as pernas abertas e com os cotovelos apoiados nelas, assim como a cara estava apoiada nas mãos, não queria que me vissem a chorar. Quando a levaram, sai de casa e fui ate a casa do lago. Quando la cheguei, o Liam já la estava. Acabamos por dar um volta no barco e imaginar que ela estaria ali connosco
*Passado algumas horas*
[Louis]
Já sabíamos da morte da Katie, e a Marta tinha se fartado de chorar, era a melhor amiga dela, e acho que ela fez bem em chorar.
-Louis, mudei de ideias...- disse, fiquei aflito, mudou de ideias em relação a que??
- Han?- perguntei
- Quero que a Jade se chame Katie.- concordei com ela, pelo menos ela merecia isso.
* passado alguns dias*
[Sophie]
Hoje era o dia do meu casamento, estava nervosa, mas só conseguia pensar em Katie, ela devia cá estar, ela devia estar aqui a apoiar-me, era o dever dela, ela nao devia ter morrido, não era a vez dela. Comecei a ficar com lagrimas nos olhos
- Babe, não te quero ver a chorar- disse o Zayn
- Não consigo... ela era tudo... –disse-lhe
- Eu sei, eu sei, mas eu quero ver esse lindo sorriso no altar sim?- perguntou ele, eu sorri-lhe com algumas lágrimas.
Os amores de Verão começam por vários motivos, mas quando tudo foi dito e feito, todos têm algo em comum.
Fim
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